É engraçado ler textos sobre a "Síndrome da Alienação Parental", para quem não sabe são pais ou mães que detém a guarda e que destroem a imagem do pai ou da mãe para o filho, impedindo que o genitor que não mora junto consiga contato por telefone, ou que visitem (o que é de direito), ou inventam histórias sobre o quanto o pai ou mãe são maldosos, para seus filhos.

Enquanto existem pais que muitas vezes tem que recorrer a polícia para ter assegurado o que lhes é de direito, eu passo pela situação contrária, filhos com um pai ausente.

Um ex-marido que tem total liberdade para ligar, para ver, para buscar ou levar na escola se desejar, para dar uma passadinha durante a semana para dizer um olá, mas que se contenta com finais de semana quinzenais.

Existe lei pra isso também? Para punir o pai que se abstem da educação dos seus filhos? Eu acho que não, isso vem do ser humano, ou você tem preocupação com o carater do seu filho ou não tem. E me desculpe, mas estar presente por míseros quatro dias por mês, não acrescenta nada na vida de um filho, por mais intenso ou emocionante que estes dias possam ser, é na dificuldade, na bronca, no puxão de orelha, na cobrança que é possível moldar quem seu filho irá ser no futuro.

Já me queixei muito disso, me lamentei, briguei, esperneei, cobrei e não fui entendida, então deixei como está. O que não tem remédio, remediado está. Hoje, meu filho com 13 anos, chega em casa depois de mais um final de semana com o pai e me diz: "Olha o absurdo que meu pai falou... você não acredita mãe..." E então eu pergunto: "Mas você disse que gostaria que ele ligasse?" E ele diz que não teve coragem. Mas um dia ele vai ter e quem sabe assim o pai não acorde? Enquanto isso eu faço a minha parte.

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