Quando a mãe leva o filho para longe do pai...


Aproveitando que conheci este blog, gostaria de contar uma situação... Serei breve para não cair no cansaço.
Há alguns anos atrás minha ex levou meu filho para outra cidade, uns 500 kilometros longe de onde eu moro. Só fiquei sabendo um bom tempo depois. Ficaram lá por um ano e durante todo esse tempo eu e meu filho ficamos vitimas da pura imbecilidade de uma mulher sem consciência. Digo isso porque acredito que ela jamais teve o mínimo surto em tentar imaginar o quanto isso estava sendo doloroso para meu nós dois, para o próprio filho.
Eu ligava para ele todos os dias e era uma conversa triste cheia de saudades e revolta, com seus sete anos já podia enxergar a dor de uma separação. E não hesitava em me dizer o quanto sentia estar tão longe. Eu por muitas vezes perdi a cabeça e acaba ligando para a mãe desabafando toda minha revolta e pedindo para que ela trouxesse meu filho de volta. Infelizmente eu não tinha condições de ir até lá.
Procurei um advogado e este me disse que ela estava dentro dos parâmetros jurídicos já que não me impedia de visitá-lo.
NÃO IMPEDIA?
Não existe lei para o pai!
Alienação Parental?
E os avós, tios, tia? E a saudade que ele sentiu de todos?
Têm coisas, atitudes que a lei não enxerga. Nem sempre a mãe é a mãe.
Tento sempre não imaginar em como essa atitude afetaria meu filho futuramente. Hoje ele está de volta e sigo tendo que respeitar a imposição da justiça em vê-lo impreterivelmente a cada quinze dias, somente. Em travar constantes batalhas com meus sentimentos de pai só para poder ouvir um pouco da tua voz ao telefone.
Sem contar o sentimento de culpa em privá-lo de passar mais tempo comigo pelo único e puro fato de ter decidido escalar para fora de um buraco inconsciente e estúpido que cai.
O que eu poderia ter feito? O que eu devo fazer para ter um pouco mais da presença do meu filho?
Há infelizmente uma visão cega para os sentimentos do menor.
Eu estou tentando, juro que estou tentando e nunca deixarei de ser pai.
Hoje ela esconde o telefone dele, desliga o dela ou não atende sempre que eu tento contato...o negocio ainda é mais embaixo, infelizmente.
E eu? Eu continuo tentando ser pai.

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